Devido a atrasos nos pagamentos, parte dos funcionários da FF Maraskin, empresa terceirizada que presta serviço de limpeza da rede pluvial para a prefeitura de Porto Alegre, não foram às ruas nesta sexta-feira (14). É a segunda vez em dois meses que trabalhadores paralisam suas atividades pelo mesmo motivo.
Conforme a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSurb) informou, em nota, há um pagamento de cerca de R$ 700 mil previsto para o próximo dia 24 e "não há atraso nos repasses por parte da prefeitura, e sim da terceirizada para com seus funcionários e fornecedores". A pasta diz, ainda, que irá notificar a empresa, "o que poderá acarretar em sanções contratuais".
A FF Maraskin contesta a versão do poder público. Segundo o proprietário da empresa, Fernando Maraskin, o valor a ser pago pela prefeitura é referente ao primeiro contrato emergencial da empresa com a prefeitura, encerrado no fim de junho. Nenhuma das parcelas do segundo contrato, de quatro meses, teria sido depositada até agora.
—Faltam 40 dias para terminar o segundo contrato e não recebemos a última parcela do primeiro. Consegui manter com recursos próprios, só que agora não tenho mais o que fazer. Estou contando os dias para acabar esse contrato e nunca mais passar na frente da prefeitura — disse Maraskin.
Conforme o empresário, cerca de 25% dos trabalhadores paralisaram nesta sexta-feira. Enquanto o serviço não é normalizado, a SMSurb diz que irá destinar equipes próprias para a realização de "demandas de urgência".
No mês passado, 118 funcionários terceirizados do antigo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), e atualmente Divisão de Manutenção de Águas Pluviais (DMAP), responsáveis pela manutenção da rede pluvial de Porto Alegre, paralisaram suas atividades alegando não ter recebido o salário de julho. Na ocasião, a FF Maraskin disse que o atraso no pagamento devia-se ao não recebimento do repasse da prefeitura há 115 dias.