A população de Porto Alegre terá de esperar mais para desfrutar da restauração do Largo dos Açorianos, no centro da Capital, que começou há mais de dois anos. A empresa responsável pela obra pediu um novo prazo para a conclusão dos serviços. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), com a solicitação do aditivo, os trabalhos de restauro devem durar mais seis meses.
É pelo menos a terceira vez que a restauração de um dos pontos mais emblemáticos da Capital — onde há a Ponte de Pedra — é adiada. A solicitação de prazo feita pela Elmo Eletro Montagens Ltda foi "em função do esgotamento da capacidade da empresa em cumprir o cronograma de obras". Segundo o secretário da Smams, Maurício Fernandes, encerrar o contrato e fazer uma nova licitação seria mais caro e demorado, pois não houve segundo colocado na concorrência. Ele reforça também que não haverá aumento nos custos.
— O orçamento inicial do projeto foi de R$ 4,6 milhões, tendo sido reajustado para R$ 5 milhões e ficará nesse valor — conclui o secretário, que garantiu ainda que não haverá novas prorrogações.
Atualmente, as equipes trabalham na limpeza do fundo dos espelhos d’água, com retirada do material orgânico, nas arquibancadas, taludes junto à Ponte de Pedra e também no passeio público, no qual foi iniciado também o plantio de grama. A próxima etapa já será a iluminação pública de ambas as áreas do Largo dos Açorianos.
Reforma longa
A revitalização do espaço começou em janeiro de 2016 e foi dividida em três partes. Na primeira, foram feitas melhorias no Monumento aos Açorianos. Na segunda, o restauro da Ponte de Pedra. Ambas já estão concluídas. A última inclui a revitalização do entorno da ponte, além do preenchimento do espelho d'água, esvaziado há mais de dois anos.
A ordem de início da última parte foi dada em outubro de 2016. O término dos trabalhos deveria ocorrer em maio de 2017. Porém, segundo a Smams informou em fevereiro passado, houve atraso no cronograma por parte da empresa contratada e também por interferências não previstas em redes subterrâneas do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e da rede de alta tensão da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).