Depois de um ano e meio sem receber o serviço de dragagem, o Arroio Dilúvio voltou a ser limpo pela prefeitura de Porto Alegre na última terça-feira (15). A retirada de areia e lixo, que se restringe a um trecho de aproximadamente 400 metros entre as ruas Silva Só e São Vicente, deve se estender até agosto.
Quem transita pelo local pôde ver retroescavadeiras trabalhando desde o dia 8: inicialmente, foi construída uma rampa de acesso ao arroio para que as máquinas pudessem entrar no riacho. Com o trabalho, alguns bloqueios na Avenida Ipiranga podem ser necessários para a movimentação dos tratores, informa a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.
— Escolhemos esse trecho da avenida porque o arroio faz uma curva ali. O fluxo de água perde velocidade, e mais resíduos se acumulam — explica a fiscal do serviço, Ana Paula Campos Westphalen.
Após o fim da dragagem do trecho entre a Silva Só e a São Vicente, em agosto, outra parte do Arroio Dilúvio pode receber dragagem: a região da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O motivo da escolha também seria a curva que a avenida faz na região, de acordo com a fiscal. O trabalho, entretanto, dependerá dos recursos disponíveis até lá — o contrato com a empresa terceirizada que realiza o trabalho prevê um investimento máximo de R$ 3,5 milhões.
Antes do início da limpeza do Arroio Dilúvio, outros três locais tiveram dragagem por meio do mesmo contrato, firmado em outubro de 2017:
- Bacia do Parque Marinha do Brasil, que deve ser limpa uma vez ao ano devido a um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público. Foram retiradas pelo menos 7,3 mil toneladas de resíduos.
- Canal de entrada da casa de bombas 6, na Avenida dos Estados, 2.905, embaixo do viaduto da freeway. Foram retiradas 800 toneladas de resíduos.
- Arroio Cavalhada, entre a Avenida Icaraí e a Avenida Diário de Notícias. Foram retiradas 9,2 mil toneladas de resíduos.