O diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, disse nesta sexta (2) que, caso a prefeitura aprove na Câmara Municipal medidas que reduzam isenções de passageiros, haverá redução imediata no preço da passagem de ônibus. Na noite de quinta (1º), a prefeitura divulgou que enviou ao Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) uma tarifa de R$ 4,50 para 2018 — um aumento de 11%.
— Existe uma fórmula de cálculo. E essa é a grande inovação. A gente conseguiu, com a concordância dos empresários, caindo qualquer isenção, se aprovado na Câmara de Vereadores, qualquer dos projetos, imediatamente impacta para todo o usuário de transporte de Porto Alegre — afirmou Soletti, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
O Comtu é responsável por avaliar, todos os anos, os reajustes da tarifa de ônibus, e tem até o dia 9 para autorizar ou não o aumento.
No documento, a EPTC também fez propostas para retirar ou reduzir gratuidades. Uma delas considera a retomada da cobrança de 50% na segunda passagem, suspensa pela Justiça desde setembro. Hoje, o usuário que usa dois ônibus em até 30 minutos não paga pelo segundo trajeto. Sendo aprovada pelo Comtu, a tarifa já reduziria de R$ 4,50 para R$ 4,30.
As demais dependem de aprovação de projetos que tramitam na Câmara de Vereadores desde julho do ano passado — sem apoio dos vereadores, ainda não foram a votação. Segundo a EPTC, apenas retirar a obrigatoriedade de cobradores em todos os horários já faria com que a passagem reduzisse mais R$ 0,05. Cálculo feito pela EPTC também aponta que, se os idosos entre 60 e 64 anos voltassem a pagar para andar de ônibus, o valor baixaria mais R$ 0,13.
Segundo Soletti, o que mais pesou neste cálculo foi a queda no número de passageiros, que chegou a 11% em 2017. A EPTC ainda sugere a possibilidade de adotar um preço menor na passagem nos horários com menos movimento, principalmente entre 22h e 5h. Assim que for aprovado pelo Comtu, o novo valor da passagem de ônibus de Porto Alegre será enviado para sanção do prefeito Nelson Marchezan.