Falta de capina, buracos nas avenidas, ausência de placas de identificação nas vias e moradores de rua foram alguns dos temas que o prefeito em exercício de Porto Alegre, Gustavo Paim, abordou durante o programa Gaúcha Atualidade desta quarta-feira (14).
Em resposta a críticas em relação às más condições de serviços da Capital, Paim apontou a situação financeira da cidade e a burocracia como as principais causas. Enquanto não houver equilíbrio das contas públicas, disse, a tendência é que os problemas continuem:
— A situação financeira estrutural de Porto Alegre é muito ruim. E é lógico que, enquanto não conseguirmos equacionar essa situação, problemas de prestação de serviços nós teremos.
Apesar das dificuldades, o prefeito em exercício garantiu que 2017 fechou com uma redução de R$ 600 milhões no déficit das contas. Contudo, os cortes ainda não foram suficientes para equilibrar a balança.
Confira os principais trechos da entrevista aos jornalistas Carolina Bahia e Daniel Scola:
Capina
Paim alegou que há seis anos o serviço era prestado através de contratos emergenciais. A prefeitura optou, então, por fazer uma licitação.
— Desde o dia 21 de janeiro estamos com o contrato a pleno vapor — garantiu.
Esse contrato tem duração de 24 meses e pode ser prorrogado. Ele trata de produtividade, ou seja, prevê quilômetros capinados, e não funcionários na rua.
Buracos
O prefeito em exercício disse que o problema é muito maior do que os porto-alegrenses podem ver. Isso porque há buracos causados por questões estruturais, de saneamento e drenagem:
— Isso é mais profundo e não adianta recapear, que o buraco vai aparecer. O plano de saneamento da cidade prevê como necessário mais de R$ 3 bilhões, que significa mais de um ano de receitas próprias.
Sobre a urgência de algumas vias, como das avenidas Ipiranga e Assis Brasil, por exemplo, Paim disse que os reparos seguem uma programação:
— Serviço público não é feito ao acaso. Tem que analisar dentro da escala de prioridades.
Placas de rua
Para Paim garantiu que a sinalização das vias está no horizonte da prefeitura, que trabalha com parcerias público-privadas para tirar do papel essa e outras questões, como a dos relógios de rua.
Moradores de rua
Segundo o prefeito, essa questão tem sido trabalhada com um grupo multidisciplinar composto por várias pastas, sob coordenação da Secretaria Municipal da Saúde. A ideia é traçar um panorama completo desse problema social para poder atacá-lo.
— Estamos fazendo reuniões periódicas. Acredito que, em breve, teremos o diagnóstico.