A concorrência pública que prevê a volta do funcionamento dos relógios de rua de Porto Alegre foi adiada. Pela previsão anterior, a disputa seria lançada no fim deste ano.
Agora, de acordo com o secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Bruno Vanuzzi, a expectativa é de que o edital seja conhecido em março. Antes disso, em janeiro, a prefeitura irá realizar uma consulta pública, quando divulgará os pontos de todos os 160 equipamentos previstos. Segundo o secretário, o processo atrasou mais porque a prefeitura tratou de já obter os licenciamentos necessários para a instalação de todos os relógios de rua.
— Os participantes não só saberão os locais como também saberão todos os custos de instalação de cada um dos relógios — informou Vanuzzi.
Além de informar hora e temperatura, os novos equipamentos terão câmera de vigilância e wi-fi. Com dados da própria prefeitura poderão também trazer dados sobre a poluição ambiental e até radiação dos raios ultravioleta, além de informações sobre acidentes de trânsito e eventos meteorológicos.
O vencedor da disputa ficará responsável pela instalação e manutenção dos relógios. Como contra-partida, poderá explorar a venda de publicidade nos espaços destinados. O contrato deverá estabelecer um vínculo de 10 anos, com possibilidade de prorrogação de outros 10.
Esta será a terceira tentativa para tentar religar os relógios, que foram desativados em julho de 2015. Na ocasião, a prefeitura rompeu o vínculo com a empresa que fazia a manutenção dos equipamentos, que havia sido contratada sem licitação.
Nas duas concorrências anteriores, durante a gestão do prefeito José Fortunati, empresas não manifestaram interesse na primeira disputa. Na segunda vez, o processo foi suspenso após questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE).