O protesto de um grupo de cerca de 15 rodoviários causou transtornos a motoristas e passageiros de ônibus na manhã desta desta sexta-feira (15) na região central de Porto Alegre. Os manifestantes saíram por volta das 8h das proximidades do Hospital de Pronto Socorro e caminharam pelo corredor de ônibus da Avenida Osvaldo Aranha em direção à rodoviária.
Segundo a categoria, a mobilização é motivada pela possibilidade de parcelamento do 13º salário pelas empresas de ônibus. O protesto provocou uma longa fila de coletivos nas avenidas Osvaldo Aranha e Protásio Alves, no sentido do bairro ao centro.
A mobilização foi encerrada por volta das 9h na rodoviária. Durante o período de uma hora, os ônibus que têm itinerário pela Osvaldo Aranha e Protásio Alves ficaram presos no corredor de ônibus. O protesto também provocou congestionamento no trânsito.
Conforme a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), os manifestantes são funcionários dos consórcios Via Leste e Mais, e tiveram a primeira parcela do 13° reduzida: as empresas quitaram apenas 25% do valor, e não 50%, no dia 30 de novembro.
Segundo o diretor da ATP, Gustavo Simionovschi, todos os consórcios (atualmente quatro, na Capital) tentam levantar verba para o pagamento integral.
— A associação não tem nada contra a manifestação, é algo legítimo. Mas não podemos apoiar algo que prejudique a cidade. Uma ação assim prejudica também a receita das empresas, porque vai transportar menos pessoas, o que pode refletir no próprio rodoviário — afirmou ele. — Mesmo a empresas que pagaram integralmente a primeira parcela do 13°, não podem garantir que irão pagar a segunda, todas estão buscando meios de quitar o valor no dia 20.
Em outubro deste ano, a ATP já havia sinalizado para a possibilidade de atraso no pagamento do 13º em função de prejuízos das empresas. A estimativa é de que 10,7% dos passageiros pagantes deixaram o sistema de ônibus em 2017.