Os vereadores de Porto Alegre aprovaram, nesta quarta-feira (1º), o requerimento de urgência para o projeto do Executivo que altera a composição salarial dos servidores. A base do governo chegou a retirar o quórum da sessão ordinária, mas foi vencida pela oposição, que garantiu a abertura de uma sessão extraordinária, na qual foi apreciado o documento.
A tarde foi tensa na Câmara Municipal. Servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) acompanharam as sessões nas galerias e pressionavam os vereadores a aprovarem o requerimento.
De acordo com o vice-prefeito, Gustavo Paim, a intenção do governo era colocar em votação a matéria apenas em dezembro.
— Queremos fazer um amplo debate sobre as matérias neste mês de novembro, para desmistificar os itens do projeto — disse em entrevista pela manhã, depois da reunião do Grupo de Trabalho (GT) que discutiu as alterações no plano de carreira do funcionalismo porto-alegrense.
Mas, ao contrário, a oposição quer pressa para conseguir rejeitar o projeto em plenário, e o regime de urgência é uma maneira de abreviar a tramitação. Na última reunião entre governo e grevistas, o Simpa exigiu a retirada dos projetos do Legislativo. Mas Paim reafirmou que a prefeitura não abriria mão.
A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), líder da oposição, criticou a falta de diálogo do prefeito:
— Estamos lutando para derrubar o projeto.
Entre os temas polêmicos está a extinção dos adicionais por tempo de serviço, a exclusão da licença prêmio e a mudança dos avanços de triênios para quinquênios.