A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) decidiu adiar a eutanásia de 14 cachorros diagnosticados com leishmaniose, que seria realizada neste domingo, após protestos de defensores dos animais e intervenção da Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (Seda). Em nota, a SMS afirma que "novas possibilidades foram propostas pelos movimentos", e que está aberta ao diálogo com todas as partes, para viabilizar a melhor alternativa. Por isso, decidiu suspender temporariamente todos os procedimentos.
De acordo com a secretária-adjunta da Seda, Fabiane Tomazi Borba, os animais foram retirados do canil por volta das 7h, e levados para uma clínica na zona sul de Porto Alegre, que foi contratada para fazer os procedimentos. No entanto, como a secretaria conseguiu uma forma de tratar os animais, em abrigos de ONGs, foi pedido um adiamento da eutanásia.
A Secretaria de Saúde, que está conduzindo o procedimento, explica que duas mortes de humanos pela doença foram registradas em Porto Alegre, desde setembro do ano passado, o que representa emergência epidemiológica.
Ao todo, 16 cães passaram por dois testes – o rápido e o Elisa – que atestaram a doença. Alguns também foram submetidos a testes pela Fiocruz, que também tiveram resultado positivo. Dois morreram logo após o procedimento.
Dispensa de licitação
A clínica que vai realizar os procedimentos foi contratada com dispensa de licitação, pois "foi decretada emergência epidemiológica, seguindo normativa do Ministério da Saúde", conforme nota da SMS.
O serviço foi contratado para até 300 cachorros, o que não significa que esse seja o número de procedimentos.
Confira a nota da SMS:
"A Secretaria Municipal de Saúde está sempre aberta ao diálogo. Nas últimas horas, a Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (SEDA) e ONGs propuseram alternativas antes não colocadas à disposição que abrem novas possibilidades. Desta forma, estão temporariamente suspensos quaisquer tipos de procedimentos em cães com leishmaniose."