A Força Nacional de Segurança (FNS) começou a atuar em Porto Alegre no início da manhã da terça-feira da semana passada, dia 30 de agosto. Uma semana depois deste reforço, a Editoria de Segurança da RBS conferiu o que mudou em relação às estatísticas sobre os delitos mais preocupantes para os moradores.
Com 160 PMs (que estão fora de ocorrências normais) para atuar na Operação Avante da Capital desde final de janeiro e agora com mais cerca de 120 da FNS, o foco de ação se ampliou no combate aos homicídios, latrocínios e roubo de veículos. Mas os homicídios não diminuíram, no entanto, não houve latrocínios neste período, os roubos de veículos tiveram uma pequena queda e a média diária de prisões praticamente dobrou.
Homicídios
Ainda é cedo para se ter um parâmetro, mesmo assim, os dados estão sendo divulgados para já se ter uma noção de como foi o combate ao crime nestes sete dias com a presença deste efetivo na Capital. Em relação aos homicídios, não houve mudança, ou seja, os números se mantiveram idênticos com uma média de dois por dia, tanto antes da FNS quanto na primeira semana da presença destes agentes na cidade. Isso pode se explicar porque eles não estão atuando em áreas conflagradas pelo crime.
Média do ano – 2 por dia (registro de 501 em 242 dias)
Média com a FNS – 2 por dia (registro de 14 em sete dias)
Latrocínios
A média era de um a cada dez dias em Porto Alegre, sendo o último dia 25 de agosto, o darepresentante comercial Cristine Fonseca Fagundes, 44 anos, em frente ao colégio Dom Bosco, fato que foi o estopim para o pedido do reforço nacional. Desde o dia 30 de agosto, data do início da ação da Força Nacional, não houve registro de roubos seguidos de morte. O grande trunfo se dá pela presença do trabalho em conjunto destes agentes com os brigadianos da Operação Avante em áreas de grande circulação de pessoas. Apesar disso, o alerta continua porque é preciso se levar em conta o intervalo entre um latrocínio e outro neste ano na Capital, que é superior a uma semana.
Média do ano – 1 a cada dez dias (total de 25)
Média com a FNS – Nenhum caso
Roubo de Veículos
Uma das metas da presença da FNS na Capital era justamente combater o roubo de veículos. Mas além da presença dos militares, a Polícia Civil gaúcha, em especial a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos do Deic, também conseguiu durante o ano desarticular várias quadrilhas. Por isso tudo, a média diária de roubos caiu. Durante a semana com a presença da Força Nacional, ocorreram 115 roubos, média de 16,5 por dia. A média do ano na cidade estava em 22 casos diários.
Média do ano – 22 casos por dia
Média com a FNS – 16,5 por dia
Prisões
Em sete dias de atuação com a parceria da FNS, a Operação Avante da Brigada Militar em Porto Alegre fez 32 prisões. Entre os dias 30 de agosto e 5 de setembro. Dois foram detidos por receptação de veículo e furto, seis por roubos e cinco foragidos. Uma média de 4,57 prisões por dia. Este foi o grande ponto positivo até o momento, porque a média de prisões praticamente dobrou nesta última semana com o aumento de cerca de 120 agentes. A média de detidos desde o início da Operação Avante até um dia antes da chegada dos policiais de fora do estado para reforço era de 2,47 ao dia, ou seja, 596 detidos de janeiro até final de agosto de 2016.
Média do início da Operação Avante – 2,47 por dia (596 de janeiro a final de agosto)
Média no período de atuação da FNS – 4,57 por dia (32 em 7 dias)