Carlos Nejar vem à Feira do Livro de Porto Alegre para lançar Um Homem do Pampa nesta quarta, às 19h. Às 17h30, o poeta participa de um bate-papo sobre seu novo livro com Luiz Antonio de Assis Brasil.
Zero Hora - O que é a poesia na vida do Carlos Nejar?
Carlos Nejar - Algo maior e mais forte do que eu. A vida não define, só a eternidade.
Zero Hora - Como o senhor avalia seu reconhecimento como um dos principais poetas brasileiros?
Carlos Nejar - Não sei a que atribuir isso tudo, senão a um esforço, um sopro de existir, vontade de abraçar a terra e estar com todos.
Zero Hora - O senhor vê diferença entre a sua primeira obra, Sélesis (1960) e a que está trazendo para a Feira? Que diferenças o senhor aponta em sua poesia ao longo do tempo?
Carlos Nejar - É lógico e mágico que a obra vá se ampliando, tomando novas dimensões, sendo o grande canto da condição humana. E nisso o Rio Grande tem um rosto fundamental em mim, rosto que não se apaga. E que o diga o recém-saído na Feira, Um Homem do Pampa, que reúne dois livros, A Espuma do Fogo e República da Infância. Desde Sélesis, a poesia caminhou de dentro de mim, para o universo.