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Quase seis anos
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Moraes prorroga inquérito das fake news por mais seis meses

Investigação foi aberta em março de 2019, com previsão inicial de ser finalizado em janeiro de 2020. Intuito é esclarecer entender como funcionava o chamado gabinete do ódio

Estadão Conteúdo

Lavínia Kaucz

Zero Hora

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Andressa Anholete / STF
Moraes é o relator do inquérito iniciado em 2019.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou por mais 180 dias o inquérito das fake news, que investiga uma suposta milícia virtual que disseminava notícias falsas para atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A prorrogação tem como objetivo complementar a "análise das informações obtidas mediante a quebra de sigilo fiscal e bancário e o término das diversas diligências em andamento na Polícia Federal", destacou o texto da decisão do STF.

Mais 20 pessoas serão ouvidas pelas autoridades ao longo dos próximos seis meses, a fim de comprovar a existência e esclarecer o modus operandi do gabinete do ódio.

Aberto em março de 2019, o inquérito estava inicialmente previsto para ser finalizado em janeiro de 2020, mas tem sido prorrogado desde então.

Luís Roberto Barroso, presidente do STF, afirmou que o inquérito foi "atípico", mas fundamental no contexto de política extremista que o Brasil enfrenta. Na avaliação do ministro, a investigação ainda deve se prolongar por 2025 diante das apurações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

— É necessário e indispensável para enfrentar o extremismo no Brasil — declarou na última semana.

Entenda o inquérito

A Polícia Federal investiga a existência de um grupo criminoso que atua na criação de conteúdos falsos para atacar instituições públicas, políticos e o sistema eleitoral brasileiro

O chamado gabinete do ódio teria ligação com aliados de Bolsonaro, e há indícios do uso da estrutura do Palácio do Planalto pelo grupo.

Aberto em 14 de março de 2019, o inquérito tem Alexandre de Moraes na relatoria e partiu de uma decisão de Dias Toffoli, então presidente do STF.

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