Plenário, corredores, comissões: tudo vazio. Diferentemente do que acontecerá no Senado, a Câmara dos Deputados não realizará sessões plenárias nesta semana. Com isso, a Casa completará neste domingo (11) um mês sem votar nenhuma pauta.
Com o foco voltado para as eleições municipais, os 513 integrantes receberam duas semanas adicionais ao período de recesso parlamentar, que ocorreu entre os dias 17 de julho e 1º de agosto.
Líderes fizeram repetidos pedidos ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) por mais tempos de recesso para acertar questões partidárias nos municípios.
E a tendência é que o Salão Verde da Câmara fiquei ainda mais esvaziado enquanto a eleição se aproxima. Pelo menos 96 congressistas planejam disputar os pleitos em cidades pelo Brasil.
A Câmara realizou sessão plenária pela última vez no dia 11 de julho, quando votou, entre outras matérias, a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Anistia, o quarto autoperdão concedido por partidos políticos para dívidas contraídas por eles mesmos.
A expectativa é que a Câmara retorne com um esforço concentrado na próxima semana, entre a terça-feira (13) e quinta-feira (15), para votar o segundo projeto de lei complementar da reforma tributária.
Lira pretende dar prioridade às pautas do turismo e da segurança pública neste segundo semestre. Ele articula a apresentação de uma PEC para endurecer as penas de facções criminosas e controlar fronteiras.
Ao longo de 2024, a Câmara passou a não votar projetos às quintas-feiras. No período entre fevereiro e abril deste ano, a Casa realizou o menor número de sessões deliberativas em comparação com os últimos cinco anos em que houve eleições municipais.
O Senado retornou do recesso nesta terça-feira (6). Na Casa, a expectativa é de mais sessões remotas, para garantir a presença dos senadores em seus redutos eleitorais.