A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade manter as prisões de três suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco. O voto que faltava para a decisão era o do ministro Luiz Fux, que se posicionou a favor da medida na manhã desta segunda-feira (25). A análise foi aberta à meia-noite.
Além de Alexandre de Moraes, que foi quem autorizou a operação para as prisões, os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino também votaram pela permanência das detenções e outras medidas cautelares definidas no domingo (24).
Dos ministros que votaram, apenas Flávio Dino divulgou um voto propriamente dito, com argumentação. Segundo ele, a "leitura das peças processuais revela a possibilidade de configuração de um autêntico ecossistema criminoso em uma unidade federada", de acordo com informações do portal g1.
O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, chegaram a Brasília na tarde de domingo. Apontados pela polícia como "autores intelectuais" dos assassinatos, eles ficarão no presídio federal da capital.
O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no crime. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse "surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime".
As prisões integram a Operação Murder Inc, que também vasculhou 12 endereços do Rio de Janeiro. Moraes ordenou, ainda, medidas como o bloqueio de bens de investigados, além de afastamento de funções públicas.