As grades que limitavam o acesso ao prédio principal do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, foram retiradas na tarde desta quinta-feira (1º). O ato simbólico ocorreu durante o intervalo da sessão de abertura do ano do Judiciário.
A maioria das grades foi retirada pelos seguranças, mas autoridades também participaram da ação. Estiveram presentes os ministros do STF Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, acompanhados do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Flávio Dino, futuro ministro do STF, também ajudou no ato simbólico.
O movimento ocorre após o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional também retirarem as limitações de acesso.
"As grades começaram a ser colocadas esporadicamente a partir de 2013 e passaram a ser fixas em frente ao STF em 2016. De lá para cá, ao longo dos últimos anos, foi feito um reforço e ampliação da quantidade de grades", disse o Supremo em nota.
Em maio do ano passado, o Planalto retirou as grades que protegiam seu prédio desde 2013, quando Brasília foi alvo de protestos que culminaram na invasão da parte superior do Congresso Nacional.
A cúpula do Legislativo também mandou retirar as grades que protegiam suas instalações neste ano. A retirada oficial foi logo após a cerimônia de um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O STF foi o último a retirar as grades e restaurar o livre acesso pela região da Praça dos Três Poderes.
O prédio do Supremo foi o mais destruído na invasão de apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro em 8 de janeiro do ano passado. Os vândalos quebraram os vidros e entraram no plenário. Danificaram o plenário da Corte e chegaram a retirar uma parte do armário que tinha o nome do ministro Alexandre de Moraes.