Seis réus que estão presos preventivamente por participação nos atos antidemocráticos de
8 de janeiro em Brasília obtiveram pareceres favoráveis à liberdade provisória da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas seguem detidos no Complexo Penitenciário da Papuda por falta de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Na segunda-feira (20), a administração da Penitenciária da Papuda confirmou a morte de um réu, Cleriston Pereira da Cunha, após um mal súbito durante o banho de sol. Em 1º de setembro, a PGR havia se manifestado favoravelmente ao pedido da defesa de Cunha por liberdade provisória, com uso de tornozeleira eletrônica, mas ele permanecia custodiado por ausência de decisão do STF. O pedido de liberdade se baseava em laudos médicos que atestavam que ele sofria de vasculite aguda e tomava remédios para diabetes e hipertensão.
Segundo o jornal, dos pareceres favoráveis à soltura de réus protocolados pela PGR, o mais antigo é do dia 25 de agosto. Já o mais recente é do dia 16 de outubro. Os réus que obtiveram pareceres são Jaime Junkes, Jairo Oliveira Costa, Claudinei Pego da Silva, Joelton Gusmão de Oliveira, Tiago dos Santos Ferreira e Wellington Luiz Firmino.
Após a morte de Cunha, um grupo de parlamentares de oposição encaminhou a Moraes um ofício questionando a permanência desses réus na Papuda.