O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (25) que deverá passar por cirurgia no quadril em outubro deste ano. Lula tem artrose na cabeça do fêmur, que é o desgaste na cartilagem que reveste as articulações, e vem se queixando de dores com mais frequência.
— Eu quero fazer a cirurgia porque eu não quero ficar com dor. Ninguém consegue trabalhar com dor o dia inteiro. Então, eu sinto que, às vezes, eu estou com mau humor com meus companheiros. Você fica uma pessoa chata e ninguém quer dar bom dia por medo de levar um esporro — disse durante o programa semanal Conversa com o Presidente.
Lula disse que no fim de semana, em São Paulo, fez um teste para o tratamento no fêmur. Segundo ele, a dor foi aliviada momentaneamente e depois voltou. Lula explicou que fará mais uma infiltração e que já está se preparando para a cirurgia em outubro, com regime e atividades físicas. O procedimento, segundo ele, é razoavelmente rápido (cerca de duas horas e meia) e a recuperação depende da sua disciplina na fisioterapia. Enquanto Lula estiver se recuperando, o vice-presidente Geraldo Alckmin, fica no comando da Presidência.
Essa seria a janela de oportunidade para fazer a cirurgia e se recuperar em meio aos compromissos da Presidência da República, segundo ele.
Lula citou como exemplo compromissos internacionais, como a reunião dos Brics, na África do Sul, e a conversa que teve com a Nasa sobre monitoramento da Amazônia. O primeiro compromisso é a Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém, no Pará, que reunirá os presidentes dos oito países da região. Segundo Lula, o objetivo construir uma posição conjunta que será levada à conferência do clima das Nações Unidas, a COP28, nos Emirados Árabes, entre 30 de novembro e 12 de dezembro.
Em 22 a 24 de agosto, na África do Sul, Lula também participa da Cúpula do Brics – bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Já em 9 e 10 de setembro, o presidente estará na Índia para a Cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. O Brasil receberá a presidência temporária do grupo para 2024.
Em 19 de setembro, Lula abre a sessão de debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Na ocasião, segundo ele, também será lançado um programa de geração de empregos entre os países.