O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Encarregado pelo presidente Lula da missão de integrar o governo federal às cúpulas estaduais de segurança, o ministro da Justiça, Flávio Dino, recebeu nesta segunda-feira (24), em Brasília, representantes das Polícias Militares dos 26 Estados e do Distrito Federal. Pelo Rio Grande do Sul, participou do encontro o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio Feoli (foto).
O principal apelo de Dino aos Estados é para que os governos utilizem os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. No final de junho, o Rio Grande do Sul tinha à disposição R$ 52,3 milhões para investimentos na área. O dinheiro pode ser aplicado na compra de equipamentos, melhoria de estruturas e no treinamento de policiais, por exemplo.
Na semana passada, Dino já havia anunciado que o governo vai liberar aos Estados R$ 1 bilhão do fundo de segurança.
— Não existe Susp (Sistema Único de Segurança Pública) sem que exista o abraço dos gestores das três esferas da tese de que a segurança pública é um problema de todos nós. Nós vamos conseguir um resultado satisfatório e eficaz se a gente conseguir mobilizar mais dinheiro, e hoje nós temos esse embaraço, que é o retardamento do uso. Então, na medida das alçadas de competência de cada um, reforçamos esse apelo — disse o ministro.
Outro ponto da reunião do ministro com os comandantes das PMs foi a ampliação das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) no país. De forma resumida, as FICCO são agrupamentos que reúnem polícias civis e militares dos Estados para realizar operações conjuntas. A coordenação é feita pela Polícia Federal.
Na última sexta-feira (21), uma medida assinada por Dino e Lula autorizou a criação de 15 novas FICCOs, passando de 12 para 27 unidades da federação. O Rio Grande do Sul ainda não tem este tipo de agrupamento. Caberá à Secretaria de Segurança Pública avaliar a implantação.