Mauro Cid, tenente-coronel e ajudante de ordens de Jair Bolsonaro durante o mandato dele como presidente, ficou em silêncio em seu depoimento na tarde desta quinta-feira (18) à Polícia Federal (PF). A informação é do G1.
O militar foi à sede da PF para prestar depoimento no âmbito do inquérito que investiga um suposto esquema de fraudes em certificados de vacina contra a covid-19. Cid está preso desde 3 de maio, quando foi deflagrada a Operação Venire.
A PF esperava que Cid também desse alguns esclarecimentos sobre indícios obtidos durante a operação, segundo os quais Cid teria feito movimentações financeiras para pagar dívidas da família de Bolsonaro.
Naquele dia, foram cumpridos seis mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão, em Brasília e no Rio de Janeiro. O celular de Jair Bolsonaro também foi apreendido na ocasião.
A operação investiga suposto esquema de fraudes em certificados de vacina contra a covid-19. Os possíveis beneficiados seriam Jair Bolsonaro, a filha de 12 anos do ex-presidente, o próprio Cid, a esposa dele e ainda a filha do ex-ajudante de Bolsonaro.
Jair Bolsonaro também prestou depoimento à Polícia Federal, que teve duração de cerca de três horas, na terça-feira (16). O ex-presidente afirmou "que nunca determinou e nem soube da inserção de dados falsos no ConecteSUS".
A imunização de Bolsonaro teria sido feita na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2021. De acordo com o município, apesar de haver o registro com o CPF de Bolsonaro, a UBS nunca fez atendimento de saúde ao ex-presidente, nem recebeu o lote da vacina citado no registro. Além disso, a profissional registrada como suposta vacinadora nunca trabalhou naquela unidade.