Agora ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Gonçalves Dias depôs à Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (21) sobre a atuação dele e do GSI no âmbito do inquérito que apura os ataques golpistas às sedes dos três poderes em Brasília em 8 de janeiro. Após quase cinco horas de depoimento, Dias deixou o prédio da PF por volta das 13h30min.
O general da reserva pediu para deixar o posto depois da divulgação de vídeos mostrando agentes do GSI supostamente deixando o Palácio do Planalto à mercê dos golpistas que o invadiram em 8 de janeiro deste ano.
Em uma das imagens das câmeras do circuito interno do Palácio do Planalto que filmaram os ataques do dia 8 de janeiro, o ministro aparece abrindo uma porta próxima ao gabinete da presidência para os golpistas saírem.
Ainda na quarta-feira, Dias afirmou, em entrevista a GloboNews, que estava no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro para retirar os invasores golpistas de lá.
— Cheguei ao palácio quando os manifestantes tinham rompido o bloqueio militar na altura do Ministério da Justiça. A maior parte subiu pela rampa. Como o palácio tem vidro, as pessoas quebraram os vidros. Não entraram pelas portas. É um vidro extremamente vulnerável. Eu entrei no palácio depois que foi invadido e estava retirando as pessoas do terceiro e quarto piso, para que houvesse a prisão no segundo — afirmou o ex-ministro.
Além do depoimento do ex-chefe do GSI, Moraes determinou a identificação e a oitiva de todos os militares que apareceram no vídeo revelado na quarta-feira (19), pela CNN Brasil, caso já não tenham sido ouvidos.