O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou dois habeas corpus que pediam a liberdade de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Torres está preso desde 14 de janeiro, sob suspeita de participação nos atos golpistas em Brasília.
Um dos habeas corpus impetrados pela defesa de Torres apresentou um laudo médico informando que o ex-ministro corre "risco de suicídio". O outro sustenta que a prisão preventiva, passados quase quatro meses, é ilegal.
Em ambos os casos, Barroso assinalou que a jurisprudência da Corte não permite habeas corpus contra decisão monocrática de ministros do Tribunal.
"Nessas condições, não há alternativa senão julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, por inadequação da via eleita", decidiu.
A prisão preventiva de Torres foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, e a decisão foi referendada pela Corte.