O interventor na área de segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, deve entregar nesta sexta-feira (27) o relatório com um diagnóstico das informações levantadas sobre o que ocorreu em Brasília antes e depois dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos três poderes da República.
O documento será entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator dos processos que apuram os responsáveis pelos ataques. Na segunda-feira (23), o magistrado recebeu um balanço parcial da intervenção.
Segundo informações do portal G1, o documento deve revelar que em 6 de janeiro, dois dias antes dos atos golpistas, cerca de 300 pessoas estavam no acampamento em frente ao Quartel-Geral do Exército. Já no dia 7, véspera dos ataques, esse número teria saltado para 3,8 mil.
Ainda conforme a publicação, o relatório concluirá que o problema não foi falta de informação sobre a situação na capital federal, mas falta de ação dos comandantes.
— Temos alguns resultados que mostram que houve omissões gravíssimas, no planejamento e na execução do sistema de segurança pública por parte do Distrito Federal, e é isso que vai ser apresentado à sociedade, para que, no momento próprio, o Poder Judiciário defina as punições cabíveis àqueles que falharam, erraram ou cometeram crimes — afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao falar sobre o relatório em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na noite de quarta-feira (25).