O novo ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmou na terça-feira (3) que o governo precisa discutir o que chamou de "antirreforma da previdência", em referência às mudanças do sistema previdenciário realizadas em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com Lupi, o ministério provará com dados que a previdência pública do país não é deficitária.
— Quero formar uma comissão quadripartite, com os sindicatos dos trabalhadores, os sindicatos patronais, dos aposentados e com o governo. Precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da previdência — disse Carlos Lupi na cerimônia de transmissão de cargo do ministério, em Brasília.
Lupi disse também que o governo quer que toda a arrecadação constitucionalmente destinada ao sistema previdenciário entre no balanço do INSS. Ainda segundo o ministro, os dados da previdência serão mostrados mês a mês em um portal específico.
— Tudo se esquece para levar a população a uma mentira. A previdência não é deficitária, e vou provar com números, dados e informações — reforçou.
O deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE) será o secretário-executivo do Ministério da Previdência. Seu nome foi anunciado por Lupi, que também é presidente do PDT.
— Um amigo de luta e de militância de 35 anos no PDT, que eu convidei para ser secretário-executivo do ministério, e ele aceitou, que é o Wolney Queiroz — afirmou o ministro.
Wolney Queiroz foi, no ano passado, líder da oposição na Câmara dos Deputados. Eleito deputado federal pela primeira vez em 1995, Queiroz foi também vereador pelo município pernambucano de Caruaru.