A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) cumprem, na tarde desta sexta-feira (20), cinco mandados de busca e apreensão contra o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e contra o ex-secretário interino de Segurança Pública do Distrito Federal, Fernando de Souza Oliveira.
As ordens judiciais são cumpridas na residência e em locais de trabalho do ex-secretário e do governador afastado do Distrito Federal, incluindo o Palácio do Buriti e a Secretaria de Segurança Pública do DF.
A ação desta sexta-feira (20) é parte do inquérito do Ministério Público Federal (MPF) que apura as condutas de autoridades públicas na invasão e ataque aos três poderes, em 8 de janeiro, por apoiadores de Jair Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou um pedido do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR para a operação de buscas contra Ibaneis e Fernando Oliveira.
Segundo a PGR, a ofensiva visa "buscar provas" para abastecer a investigação sobre supostos atos "omissivos e comissivos" de autoridades da Segurança Pública do Distrito Federal ante os atos golpistas do dia 8, quando radicais invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.
Tanto o governador afastado como o ex-número dois da Segurança Pública do Distrito Federal já prestaram depoimentos à Polícia Federal. Ibaneis negou conivência com as manifestações antidemocráticas.
Oliveira, por sua vez, avaliou que a Polícia Militar do DF, responsável pela segurança e patrulhamento da Esplanada dos Ministérios no dia 8, "errou" na execução do plano operacional. O ex-secretário executivo de Segurança Pública do Distrito Federal também afirmou que o ex-titular da pasta, Anderson Torres, só sairia de férias no dia seguinte aos atos golpistas do dia 8.
O advogado de Ibaneis disse à reportagem que não vai se manifestar enquanto a operação não for concluída.