A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu na tarde deste domingo (8) a prisão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi exonerado do cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal pelo então governador Ibaneis Rocha (MDB) — afastado na madrugada desta segunda-feira (9) pelo ministro Alexandre de Moraes. As saídas ocorrem após manifestantes golpistas que apoiam o ex-presidente invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Em comunicado postado nas redes sociais, Torres afirmou que viveu "o dia mais amargo" de sua vida pessoal e profissional no domingo o negou conivência com o que aconteceu.
"Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos", disse por meio da nota
A atuação de Torres frente às ameaças e episódios de violência envolvendo apoiadores de Bolsonaro vinham sendo criticadas por integrantes do atual governo desde o período da transição. No dia 12 de dezembro, quando bolsonaristas fizeram uma série de ataques na região central de Brasília, Flávio Dino (PSB-MA), que o substituiu no comando do Ministério da Justiça, reclamou da falta de apoio da gestão bolsonarista para conter os grupos que depredaram a capital federal.