Forças de segurança realizaram, na manhã desta segunda-feira (9), ofensiva para desmontar o acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General (QG) do Exército em Brasília. Pelo menos 40 ônibus lotados deixaram o local após a operação com destino à superintendência da Polícia Federal (PF).
Segundo o portal G1, citando informações do Ministério da Justiça, chega a 1,2 mil o número de detidos em frente ao QG. A desocupação ocorre após os atos de violência registrados na tarde passada, quando o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e vandalizados.
Ainda no domingo (8), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a imediata desobstrução de vias públicas que estejam com trânsito interrompido, assim como a desmobilização de acampamentos em quartéis e áreas militares no prazo de 24 horas. A ordem é para que as policias militares atuem, assim como Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.
Lula convoca reuniões
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, convocou uma reunião extraordinária para esta segunda-feira com os chefes dos Três Poderes após as invasões e depredações na capital federal. O encontro inclui os governadores, que também têm agenda marcada com Lula, e prefeitos de capitais.
Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do STF, Rosa Weber, estarão presentes no compromisso.
E-mail para denúncias
Também nesta segunda, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que além das investigações em andamento, a pasta criou o e-mail denuncia@mj.gov.br para receber informações sobre "atentados terroristas" ocorridos em Brasília. No domingo, após os atos que destruíram as sedes dos Três Poderes da República, Dino já havia afirmado em nota que "não haverá conivência com o crime e que todos os responsáveis responderão na forma da lei".