Iniciado o mês de maio, o Congresso Nacional tem dois meses e meio de trabalho pela frente até o recesso parlamentar, que começa em 18 de julho. Essa é considerada a última janela para votações relevantes em 2022. Após o recesso, os trabalhos em plenário são reduzidos drasticamente em razão da campanha eleitoral, visto que a maioria dos deputados e boa parte dos senadores deve disputar a reeleição ou outros cargos em outubro.
Embora sejam onze semanas disponíveis para debates e votações de projetos, os parlamentares não devem apreciar reformas estruturantes que tramitam nas casas legislativas, como a modificações no sistema tributário e nas regras do Imposto de Renda. Outro tema relevante que dificilmente será pautado é a privatização dos Correios, já aprovada na Câmara, mas com dificuldades para andar no Senado.
Em contrapartida, outras propostas devem ganhar espaço, impulsionadas pelo crescente clima da disputa eleitoral. Sejam medidas provisórias do Executivo para beneficiar setores da economia e acenar para a população em geral, sejam projetos que agradem nichos específicos de eleitores identificados com o presidente Jair Bolsonaro e congressistas aliados.
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Meio ambiente, reformas e subsídios: o que pode ser votado e o que não deve entrar na pauta do Congresso antes do recesso
Cenário eleitoral trava discussão sobre medidas como a alteração no sistema tributário e privatização dos Correios