Ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Raul Araújo atendeu pedido feito pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e proibiu manifestações políticas durante as apresentações do festival Lollapalooza. A proibição ocorre após a cantora Pabllo Vittar levantar uma bandeira com a foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e gritar "Fora Bolsonaro" durante o show realizado na sexta-feira (25).
Na decisão tomada no sábado (26), o ministro entendeu que "a manifestação exteriorizada pelos artistas durante a participação no evento, tal qual descrita na inicial, caracteriza propaganda político-eleitoral". O caso deverá ser analisado em plenário, mas já tem valor legal. De acordo com a lei eleitoral, as campanhas políticas começam oficialmente em 15 de agosto.
No despacho, Araújo definiu que fica proibida a "realização ou manifestação propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival". Em caso de novos descumprimentos, a organização do festival terá que pagar multa de R$ 50 mil.
Segundo o PL, a manifestação política realizada pela cantora no evento fere dispositivos legais. Os advogados do partido também solicitaram condenação do Lollapalooza por propaganda eleitoral antecipada, o que não ocorreu.