Em entrevista ao Gaúcha Atualidade nesta sexta-feira (1), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o momento do país é de união. Ele pede harmonia entre os poderes, e disse que é preciso superar as divergências para pôr fim às crises - econômica, sanitária e de energia, todas citadas por ele.
— Infelizmente esse discurso político o tempo inteiro, esta lacração em rede social para poder ganhar adeptos, essa mobilização fake não vai levar o Brasil a lugar algum — disse o senador.
Citado como possível candidato da terceira via em 2022, Pacheco disse estar focado na sua missão como presidente do Senado, mas não descartou totalmente sua participação no cenário eleitoral.
Veja outros pontos da entrevista
Auxílio Brasil:
Na última segunda-feira (27), o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que autoriza o governo federal a usar a reforma do Imposto de Renda como fonte de recursos para compensar a criação do Auxílio Brasil, programa desenhado para substituir o Bolsa Família.
Segundo o senador, a implementação do novo auxílio é fundamental para a recuperação econômica do país.
— Os valores precisam ser condizentes para aumentar o poder de compra da população — disse.
Indicação de Mendonça ao STF
A apreciação do novo escolhido de Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) passa diretamente pelo Senado. O atraso para concluir a nomeação de André Mendonça ao Supremo está atrasado, porém Pacheco espera que a sabatina ocorra ainda no mês de outubro.
— É algo que precisa ser resolvido já — disse.
Segundo ele, há um esforço para que todos os senadores possam participar da apreciação.
Eleições 2022
Pacheco disse que está focado em sua missão no Senado, porém, não chegou a descartar totalmente sua participação no cenário eleitoral de 2022, dizendo que "naturalmente tratará sobre o caso".
— Confesso, com muita sinceridade, que é algo que eu não me dedico — disse.
O presidente do Senado disse que tem uma boa relação com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o qual pretende ser candidato nas eleições presidenciais. Questionado se faria chapa com o gaúcho, Pacheco disse que tratará destes assuntos no ano que vem, possivelmente em janeiro.
— As decisões que tiverem de ser tomadas, serão tomadas — concluiu, também sem descartar uma troca de partido. O PSDB é um dos partidos que deseja contar com o político.
Pacheco e Leite se reunirão neste final de semana, em Gramado, em um evento promovido pelo Ministério Público.
CPI da Covid
Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid começaram em abril, e segundo o presidente do Senado, onde ela ocorre, não houve atraso ou interrupção na agenda parlamentar.
— Continuamos com a pauta do Senado normalmente. Não atrapalhou em nada.
Primeiramente contrário à instauração da comissão, Pacheco diz que espera que a CPI cumpra a missão para qual foi criada.