Responsável por aceitar ou não o pedido de impeachment apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que realizará uma análise técnica, mas que não antevê aspectos que justifiquem a medida.
— Sempre tenho dito que o instituto do impeachment não pode ser banalizado, mal usado. Há um critério jurídico, uma lei que disciplina, então, a avaliação é jurídica, é técnica. Vou insistir nesta tecla: não vamos nos render a nenhum tipo de iniciativa que sirva para desunir o país.
Pacheco disse que segue na busca da pacificação e do cumprimento da Constituição para a manutenção da democracia, o que classificou como inegociável:
— Vou tomar a decisão com absoluto respeito à democracia, que pressupõe diálogo, conter ímpetos.
Na quarta-feira (18), Pacheco pediu ao presidente do STF, Luiz Fux, para retomar o diálogo entre os poderes e organizar uma conversa com Bolsonaro. Na véspera, o presidente do Senado já havia se encontrado com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Pacheco havia cobrado sinalizações de mudança de postura de Bolsonaro.
Na segunda-feira (16), Pacheco se manifestou nas redes sociais pedindo "diálogo entre os poderes" e afirmando que o Congresso "não permitirá retrocessos".