Depois de ser pressionado pelos senadores, o deputado Luis Miranda afirmou, durante depoimento à CPI da Covid nesta sexta-feira (25), que o presidente Jair Bolsonaro teria citado o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), como possível envolvido no esquema suspeito da compra da Covaxin.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-ES) comunicou à presidência da CPI que apresentará um convite ou convocação de Barros para dar explicações sobre as suspeitas em torno da compra da vacina indiana.
Quem é Ricardo Barros
Integrante do centrão, Barros foi deputado federal por seis legislaturas, tendo sido eleito pela primeira vez em 1995. Neste período, passou por siglas como PFL, PPB e PP. Entre 2016 e 2018, foi ministro da Saúde de Michel Temer, deixando o cargo para disputar as eleições de 2018, quando foi reeleito deputado federal.
Barros também foi líder do governo na gestão de Fernando Henrique Cardoso e vice-líder na época de Luiz Inácio Lula da Silva.
Formado em engenharia civil, é filho do ex-prefeito de Maringá, no Paraná, e deputado Silvio Magalhães Barros (1927-1979). No começo de sua trajetória política, foi eleito prefeito da cidade de Maringá, entre 1989 e 1993, pelo PFL, partido ao qual era filiado à época.
Sua indicação como líder do governo na gestão de Bolsonaro teve o patrocínio de Arthur Lira, atual presidente da Câmara, e foi negociada com a expectativa de resolver problemas de Bolsonaro na articulação política.