Uma nova distribuição das seções eleitorais dará mais tranquilidade ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nas eleições de 15 de novembro. Em 2020, o número de seções será 14,4% menor na comparação com o pleito de dois anos atrás. A reorganização atualizada das zonas eleitorais levará os gaúchos a 23,7 mil urnas – em 2018, foram 27,7 mil.
Com menos locais, a necessidade de equipes com quatro atendentes também se reduz. Cerca de 6,5 mil mesários estão dispensados da função, mas poderão substituir mesários afastados por integrarem grupos de risco para o coronavírus. Há, ainda, um contingente para o caso de pessoas que venham a apresentar algum sintoma da doença nos dias que antecedem a votação.
Orientação expedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda às pessoas com sintomas que justifiquem a ausência posteriormente, apresentando atestado médico. Quem tiver testado positivo para covid-19, no período de até 14 dias antes do pleito, também deve evitar o deslocamento. O prazo para justificativa é de 60 dias. O voto é obrigatório para maiores de 18 anos a até 70 incompletos.
Os mesários de locais de votação que foram extintos terão um novo trabalho: serão auxiliares de divulgação, uma função criada para o pleito atual e que consiste em uma dupla treinada para orientar a população sobre o novo ponto em que a urna estará instalada. Eles terão posto fixo na sala com a indicação da seção extinta para atender a quem não realizou a consulta prévia.
As trocas realizadas podem ser conferidas no site www.tse.jus.br ou ainda pelo aplicativo e-titulo. Os prédios também terão listas com nome e número da seção afixadas para consulta.
De acordo com o secretário de tecnologia do TRE-RS, Daniel Wobeto, desde o fim da eleição passada foi realizado um trabalho para anexar seções pequenas e gerar economia no total de urnas transportadas a colégios e demais prédios cedidos para o certame. Não há responsabilidade do tribunal sobre a falta de estrutura dos edifícios, boa parte sem acessibilidade, fruto do descaso de governos estaduais e municipais. As deficiências foram mostradas em reportagem do último dia 2.
Ainda segundo Wobeto, o uso de parte dos auxiliares de divulgação é previsto, e não deve afetar a demanda dos eleitores que necessitarem de orientação.
– Essa tarefa poderia ser feita, com sobra, por uma pessoa - reforça.
Além dos mesários extras, a eleição contará com 7,9 mil secretários de prédio, uma espécie de zelador do local de votação. O número é 50% maior do que na eleição de 2018.
- É normalmente um funcionário do local, que conhece o prédio e pode ajudar na votação, e na organização de alguma fila – exemplifica Wobeto.
O número de pedidos de dispensa subiu na eleição deste ano: 16 mil pessoas negaram a convocação, contra 11 mil na última corrida eleitoral.
Até esta sexta-feira (4), 4,8 mil pessoas ainda não haviam respondido às notificações do TRE. Os cartórios eleitorais trabalham para contatar as pessoas chamadas, e o registro de voluntários segue aberto. Ao todo, incluindo as pessoas convocadas para abrir e fechar os locais de votação e os integrantes das juntas eleitorais, serão mobilizados 110,4 mil colaboradores no Rio Grande do Sul.