O presidente Jair Bolsonaro tornou sem efeito, em decreto publicado na edição desta quarta-feira (1º) do Diário Oficial da União, a nomeação de Carlos Alberto Decotelli para exercer o cargo de ministro da Educação. Decotelli pediu demissão na terça (31), antes mesmo de assumir oficialmente a pasta.
Nos últimos dias, vieram à tona acusações sobre informações falsas a respeito de seus títulos acadêmicos e suspeita de plágio na dissertação de mestrado.
Em uma sequência de desmentidos, descobriu-se que Decotelli não concluiu o doutorado que informava ter obtido pela Universidade Nacional de Rosario, da Argentina: o próprio reitor da instituição, Franco Bartolacci, negou que ele tenha obtido o título.
Já o alegado pós-doutorado também mostrou-se falso. A Universidade de Wuppertal, na Alemanha, informou que o indicado a novo ministro não concluiu um pós-doutorado na instituição, ao contrário do que constava em seu currículo.
No sábado (27), reportagem do site UOL mostrou, ainda, que Decotelli copiou pelo menos quatro trechos de outras dissertações de mestrado e de textos acadêmicos na introdução de seu trabalho de mestrado, apresentado em 2008 para a FGV Rio de Janeiro, com o título "Banrisul: do PROES ao IPO com governança corporativa".
Por fim, uma nota da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada na noite de segunda-feira (29), informou que Decotelli não foi pesquisador ou professor da instituição, mais uma vez contradizendo o que ele indicava em seu currículo.