O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub agradeceu nesta segunda-feira (22) aqueles que o ajudaram a "chegar em segurança" aos Estados Unidos. Demitido na última quinta-feira (18), ele foi oficialmente exonerado apenas no sábado (20), logo após ter desembarcado em Miami.
"Agradeço a todos que me ajudaram a chegar em segurança aos EUA, seja aos que agiram diretamente (foram dezenas de pessoas) ou aos que oram por mim. Aproveito para dizer que estou bem. Quanto à culinária internacional, ontem fiquei tentado a comer uns tacos, acabou sendo KFC", escreveu o ex-ministro.
Weintraub deixou o Brasil no mesmo dia em que o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de apreensão de seu passaporte para evitar que ele saísse do país. Ministros de Estado têm direito a passaporte diplomático, e Weintraub foi beneficiado com o documento em julho de 2019, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores.
Alvo do inquérito das fake news, que tramita no STF, Weintraub também é investigado na corte por racismo, por ter publicado um comentário sobre a China e uma suposta responsabilidade do país asiático pela pandemia do coronavírus.
Ao anunciar a saída do Ministério da Educação, ao lado de Bolsonaro, o agora ex-ministro disse que sairia do Brasil para assumir uma posição no Banco Mundial. A indicação para a vaga, entretanto, ainda não foi efetivada.