Abraham Weintraub deixou o Brasil e, neste sábado (20), está nos Estados Unidos. Ele foi demitido do Ministério da Educação (MEC) na quinta-feira (18), pelo presidente Jair Bolsonaro, e sua exoneração foi oficializada em edição extra do Diário Oficial da União publicada nesta manhã..
De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, Weintraub viajou ainda na sexta-feira (19) e já se encontra em Miami. Ele deixou o país no mesmo dia em que o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de apreensão do passaporte do ex-ministro para evitar que ele saísse do país.
Alvo do inquérito das fake news, que tramita no Supremo, Weintraub também é investigado no tribunal por racismo, por ter publicado um comentário sobre a China.
Em mensagem publicada no Twitter, neste sábado, a localização de Weintraub aparece em Miami. "As coisas aconteceram muito rapidamente", escreveu o ex-ministro em resposta a um seguidor.
O irmão do ministro, Arthur Weintraub (assessor especial da Presidência), também fez publicação nas redes sociais em que afirma que Abraham está fora do país.
"Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA", escreveu.
Ao anunciar a saída do MEC, ao lado de Bolsonaro, Weintraub disse que sairia do país para assumir uma posição no Banco Mundial. A indicação para a vaga, entretanto, ainda não foi efetivada.
"Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias)", escreveu na sexta-feira.
Bolsonaro demitiu Weintraub após desgaste com o STF. O então titular do MEC defendeu a prisão dos ministros da corte em reunião ministerial de 22 de abril e depois reafirmou o posicionamento em encontro com manifestantes favoráveis ao governo.