Em manifestações publicadas neste sábado (30) no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro listou uma série de notícias publicadas em jornais nas suas edições deste final de semana para afirmar que "tudo aponta para uma crise". A mensagem cita decisões e manifestações envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Procuradoria-geral da República (PGR).
O primeiro começou citando o envio à PGR de uma manifestação do ministro Celso de Mello, do STF, em que um advogado afirma que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) cometeu o crime de “incitação à subversão da ordem política ou social”, previsto na Lei de Segurança Nacional.
A medida é uma praxe, uma vez que o tribunal, ao receber uma notícia-crime, deve reportá-la às autoridades de investigação. Nesta semana, o deputado criticou decisões recentes dos ministros Celso e Alexandre de Moraes. Em live na noite de quarta-feira (27) ao lado de alvos da ação do Supremo contra fake news, Eduardo defendeu reagir energeticamente contra a Corte.
Bolsonaro prossegue mencionando o pedido da Polícia Federal para prolongar por mais 30 dias a investigação que apura se o presidente tentou interferir nos trabalhos da corporação. O presidente citou ainda o pedido protocolado pelo PT para incluir a investigação que corre no STF sobre fake news.
"A acusação é a de que a chapa usou empresas para efetuar disparos em massa de mensagens com notícias falsas contra opositores. ? *- Estadão realça que esse seria o caminho mais próximo para retirá-los do Poder.*", escreveu.
A publicação cita também um manifesto de procuradores contrários a decisões do procurador-geral da República, Augusto Aras, responsável por apresentar ou não denúncia contra Jair Bolsonaro. O presidente menciona ainda a medalha do mérito naval, condecoração dada a Aras e a aliados do presidente na sexta-feira (29).
O presidente cita também uma reportagem do "Estadão" que afirma que o "gabinete do ódio" entrou na mira do Tribunal de Contas da União. Outros assuntos abordados foram a desistência da Rede em dar prosseguimento à ação que apresentou no ano passado questionando o inquérito das fake news do STF e também o depoimento do ministro da Educação, Abraham Weintraub, à Polícia Federal, em que ficou calado.