Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o governador do Pará, Hélder Barbalho, falou sobre a carta assinada por 20 governadores, incluindo Eduardo Leite, em apoio ao Congresso.
O documento é uma resposta aos últimos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao parlamento. O texto presta solidariedade aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em face de declarações de Bolsonaro.
Hélder contraiu o coronavírus e atualmente trabalha em isolamento, de sua casa. Ele reforçou que o único adversário do Brasil deve ser apenas o coronavírus e destacou que avalia como uma afronta aos profissionais da saúde as atitudes do presidente.
— Há pessoas nesses momentos em leitos de UTI, filas de hospitais e assistir o presidente ir em uma manifestação que tem como pano de fundo atacar a democracia é algo lamentável. Isso afronta a memória e é um desrespeito com quem chorou por entes queridos no passado e quem chora pela perda de entes queridos no presente.
O governador criticou a conduta de Bolsonaro e disse que o presidente "sempre apresentou um inimigo em suas narrativas" como forma de pautar suas ações, mas que não entende por que o presidente não centra forças no combate ao vírus.
— Não podemos perder tempo neste momento discutindo política.
Sobre isolamento e distanciamento social, Hélder diz que é o momento de respeitar a ciência e seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
— Não há como discutir esse assunto ideologicamente, é hora de seguir recomendações médicas e cientificas — enfatizou.