Depois de encerrado o panelaço contra Jair Bolsonaro, diversos bairros de Porto Alegre receberam, por volta das 21h, uma resposta dos partidários do presidente. A manifestação foi menos intensa do que a que foi promovida por detratores do mandatário, em bairros como Menino Deus, Santana, Bom Fim, Moinhos de Vento, Centro e Azenha. Na região entre o Petrópolis e o Bela Vista, o apoio ao presidente foi mais forte do que em outros bairros onde houve bateção de panelas a favor dele.
Em meio à manifestação pró-Bolsonaro, opositores também se manifestaram. Desde as 20h, o presidente tinha sido alvo de panelaço em diversas regiões da Capital. O estopim do protesto foi a forma como o presidente tem tratado a pandemia de coronavírus.
Protestos pelo Brasil
Outros Estados também registraram panelaços contra Bolsonaro. Em bairros de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, moradores anteciparam a mobilização, simultaneamente a um pronunciamento do presidente anunciando medidas contra a doença. Em Copacabana, zona sul do Rio, houve gritos de "Acabou" e "Fora", além de algumas reações contrárias, como "Fora petralhas".
Reduto bolsonarista, Águas Claras, no Distrito Federal, também teve panelaço antecipado contra Bolsonaro, assim como prédios na Casa Verde, zona norte de São Paulo, e Bela Vista, na região central.
O presidente, que já se referiu à dimensão da doença como "fantasia", dizendo haver "histeria" da população, tentou reagir nesta quarta-feira, após perder apoio inclusive entre alas conservadoras.
Modulando seu discurso público, passou a reconhecer que a situação é grave, embora não tenha demonstrado arrependimento de ter participado de ato no último domingo (15), contrariando recomendação do Ministério da Saúde.
Ele disse ainda que a bateção de panelas contra ele, já ocorrida na noite de terça (17), parece espontânea, faz parte da democracia e aproveitou para tentar arregimentar apoiadores para o outro panelaço na noite, às 21h, a favor de seu governo.