O governador Eduardo Leite afirmou, nesta terça-feira (8), que o governo do Estado só deve voltar a chamar aprovados em concursos, incluindo servidores para a segurança pública, após a aprovação das reformas da previdência e dos planos de carreiras. De acordo com ele, se as mudanças não forem chanceladas na Assembleia Legislativa, a busca por economia de recursos impactará o chamamento de novos profissionais.
— É claro que o chamamento de concursados fica sob as condições de ajustarmos as carreiras e a previdência. O prognóstico que temos para os próximos anos, se são R$ 25 bilhões (de economia) em 10 anos, evidentemente que se não forem viabilizados através de reformas, você vai ter que promover outras economias no Estado. E as economias vão envolver parar de investir em estradas, investimentos em diversas áreas, inclusive com efetivo — disse o governador, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha (ouça abaixo).
Leite ainda indicou que o governo divulgará um calendário com a previsão de chamamento de servidores, tomando como pressuposto a aprovação das mudanças previdenciárias e de carreiras pelo Legislativo.
— Vamos divulgar em breve um cronograma (de chamamento), que é o que pretendemos fazer confiando na aprovação das medidas que serão apresentadas na Assembleia — afirmou.
O prazo anterior do governo do Estado para divulgação do calendário de convocação de novos servidores era o final de setembro. No entanto, no último dia 30, o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, refez a previsão, afirmando que isso ocorreria nos "próximos dias".
Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no âmbito da Polícia Civil há 100 vagas a serem preenchidas para o cargo de delegado, outras 392 para o cargo de inspetor e 391 para o de escrivão. Já para a Brigada Militar, há 2,1 mil vagas aguardando chamamento de aprovados, entre os praças. Para a carreira de oficial, há concurso em andamento.
Ainda conforme a SSP, há 301 vagas aguardando chamamento no Corpo de Bombeiros. Na área prisional, a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) informa que faltam chamar 350 agentes penitenciários femininos, 610 agentes penitenciários masculinos e 590 agentes administrativos.