A Justiça determinou nesta sexta-feira (18) que integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixem área da Fepagro invadida em Taquari, no Vale do Taquari. O espaço, de propriedade do governo do Estado, foi ocupado na madrugada de quinta-feira (17). Segundo o Piratini, as terras são usadas para o plantio de culturas com fins de pesquisa.
A juíza Mariana Machado Pacheco entendeu que a invasão "põe em risco o plantio de culturas com fins de pesquisa, além de pôr em risco áreas de preservação permanente que fazem parte do Estado, diante dos irregulares cortes de troncos de árvore nativa que podem virem a ser realizados pelos integrantes invasores do MST".
Um mandado de intimação será expedido e os ocupantes serão informados de que devem deixar o local. Se a área não for desocupada em cinco dias, a Brigada Militar será chamada para fazer valer de forma forçada a decisão judicial.
O MST afirma que a unidade está inativa devido à extinção da Fepagro realizada pelo ex-governador José Ivo Sartori. Segundo relatos dos trabalhadores sem-terra, o espaço, que poderia ser usado para produção de alimentos, está em situação de abandono, com documentos e móveis cobertos de sujeira.
Eles dizem que apoiam as pesquisas que eram feitas pela Fepagro e que, se a área for destinada a assentamento, têm disponibilidade de fazer parcerias com o governo do Estado em relação ao resgate de sementes crioulas.
Conforme o movimento, o acesso à área continua livre e os abrigados não utilizam a estrutura do local, como água ou energia elétrica.