Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam um protesto nesta terça-feira (16) em frente ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Avenida Loureiro da Silva, em Porto Alegre. Os manifestantes denunciam o que chamam de "paralisia da política nacional de reforma agrária" e reivindicam celeridade no assentamento de famílias acampadas. O grupo está reunido desde as 7h próximo de uma caixa de som, empunhando bandeiras do movimento enquanto os líderes falam.
Em frente ao prédio, foram colocadas faixas do MST e, na entrada, uma lona preta onde parte dos integrantes controla quem entra e quem sai. Os líderes do movimento afirmam que o ingresso de funcionários do prédio não foi prejudicado e o funcionamento do Incra não foi afetado pelo protesto, o que foi confirmado por funcionários do órgão federal.
Segundo Ildo Pereira, integrante da diretoria nacional do MST, o protesto faz parte da jornada nacional de lutas do movimento para lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, ocorrido há quase 23 anos, quando 19 sem-terra foram mortos pela polícia militar daquele Estado.
Além disso, o MST aproveita para lembrar a reforma agrária e criticar a nova direção do Incra, que no início do governo de Jair Bolsonaro rompeu o diálogo com o movimento.
— O nosso foco também é a pauta da reforma agrária, que nesse último período não está sendo escutada pelo governo. Aqui no Rio Grande temos 1,2 mil famílias cadastradas que exigem a conquista da terra — diz Pereira.
Segundo o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Luciano Moritz Bueno, o protesto até o momento é pacífico e acompanhado por uma viatura da BM.