Após a recente polêmica envolvendo a preservação da Amazônia, protagonizada pelo governo Bolsonaro e países do G7 — em especial a França —, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, enfatizou a soberania brasileira sobre a região. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele criticou declarações em relação a possíveis interferências externas.
— A Amazônia brasileira é nossa. Então, qualquer declaração como foi o caso do presidente francês sobre ingerência e internacionalização da Amazônia, não é bem-vinda e não está de acordo. Mas a resposta política não sou eu que dou, eu dou opinião. Bolsonaro já deu a opinião com relação ao que o Poder Executivo pensa — afirmou Azevedo, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (29).
Nos últimos dias, o governo brasileiro rechaçou a influência de atores externos sobre a Amazônia e chegou a rejeitar a oferta de US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões) dos países do G7 para combater as queimadas na região. O imbróglio se intensificou com as críticas disparadas entre o presidente Jair Bolsonaro e o colega francês, Emmanuel Macron.
Bolsonaro acusou Macron de fazer "ataques descabidos e gratuitos à Amazônia". Já o presidente da França disse na segunda-feira (26) esperar que "os brasileiros tenham logo um presidente que se comporte à altura" do cargo.
Segundo Azevedo, o Brasil conta a ajuda oferecida por outros países. Chile e Equador já disponibilizaram aviões e especialistas em combate a incêndios; Israel e Estados Unidos também ofereceram apoio.
— Eu acho que a percepção mundial já está mudando. O governo está sendo muito ágil com relação a isso (queimadas) — analisou.