O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (17) esperar que a Argentina não retroceda, em referência à possível vitória da chapa formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições deste ano.
A referência ao país vizinho foi feita durante um discurso na Academia Militar das Agulhas Negras, em que exaltou os militares e o patriotismo.
— Nossa missão é não deixar o Brasil se aproximar de políticas outras que não deram certo em nenhum lugar do mundo. Peçamos a Deus, nesse momento, que a nossa querida Argentina, mais ao sul, saiba como proceder, através de seu povo, para não retroceder. A liberdade não tem preço, estamos prontos para dar a vida por ela — afirmou Bolsonaro.
A chapa que tem como vice Kirchner, ex-presidente da Argentina, venceu nas eleições primárias na Argentina, por 47% contra 32% de Mauricio Macri, atual chefe do Executivo e aliado de Bolsonaro.
A entrega dos espadins para os cadetes que completaram o primeiro ano de formação de oficial contou com a presença do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entre outras autoridades.
Em seu discurso, Bolsonaro também voltou a classificar a Amazônia como um território ameaçado por interesses estrangeiros.
— No último ano do meu mandato, se Deus quiser estarei aqui com vocês em 2022, onde vocês daqui sairão para os quatro cantos do nosso querido Brasil, em especial aqueles que vão para a nossa rica e cobiçada Amazônia — disse o presidente.
— Temos o compromisso com esse pedaço de terra, o mais rico e sagrado do mundo. Não é à toa que outros países cada vez mais tentam ganhar a guerra da informação para que a gente possa perder a soberania sobre essa área — afirmou.