No dia da votação dos projetos que autorizam o governo do Estado a desestatizar CEEE, Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás, nesta terça-feira (2), o governador Eduardo Leite demonstrou confiança na aprovação das propostas pela Assembleia Legislativa e projetou os próximos passos. De acordo com o governador, a privatização das empresas não é "uma bala de prata", mas parte "essencial" para tirar o Rio Grande do Sul da crise.
— Isso não diminui a importância das privatizações. A privatização é para podermos honrar e administrar as dívidas. Você não paga a dívida com a União à vista — afirmou, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade.
Segundo o governador, a aprovação dos projetos também é fundamental para a adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal (RRF). Leite projetou que o acordo com a União possa ser fechado até o final do ano.
— Nós temos a expectativa de que dentro desse semestre tenhamos a assinatura do regime de recuperação fiscal. Vai depender de como andam as negociações — disse.
Reforma da Previdência
Devido à votação dos projetos na Assembleia, Leite não comparecerá à reunião do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com governadores para tratar sobre a inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência.
Defensor de incluir servidores estaduais e municipais na proposta em tramitação no Congresso, o governador afirmou ter "boa esperança que Estados e municípios possam estar na reforma em nível federal, que é o mais correto, prudente". Do contrário, segundo ele, as mudanças na aposentaria serão encaminhadas em nível estadual:
— O que não for feito lá, faremos aqui — pontuou.