A inclusão dos Estados na reforma da Previdência ainda é interrogação e cabe ao Parlamento decidir sobre o tema, afirmou o presidente Jair Bolsonaro ao desembarcar em São Paulo nesta terça-feira (11).
— Cada dia na política vai-se de um lado para outro. Gostaria que todo o mundo fosse incluído e fosse uma reforma única. Mas, em grande parte, quem vai decidir é o Parlamento — disse.
Governadores de 25 Estados se encontraram nesta terça-feira em Brasília para discutir o apoio à reforma. Uma manifestação favorável conjunta foi condicionada a mudanças em quatro pontos do projeto original, entre eles o funcionamento do Benefício de Prestação Continuada (BCP) pago a idosos pobres e da aposentadoria rural.
— (A reunião de governadores) terminou de forma positiva. Não houve deliberação ainda, mas houve um sentimento pela reforma, resguardado alguns pontos que foram objeto de entendimento com o relator (na comissão especial) Samuel Moreira e com a presença do (presidente da Câmara dos Deputados) Rodrigo Maia _ disse o governador de São Paulo, João Doria, também presente no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Bolsonaro classificou a reunião de governadores como "frutífera, oportuna e bem-vinda". O presidente afirmou estar otimista pela aprovação de uma reforma com "quase nada sendo desidratado".
Sobre a liberação de crédito extra para destravar o pagamento de benefícios assistenciais e aposentadorias, Bolsonaro disse acreditar no "patriotismo do Parlamento" para votar o projeto entre esta terça e quarta-feira.
Mais cedo, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou o projeto que autoriza crédito extra de R$ 248,9 bilhões. Para conseguir o apoio da oposição, o governo, entre outros itens, se comprometeu a liberar R$ 1 bilhão dos recursos contingenciados para educação.
_ Nós queremos honrar compromissos exatamente com os que mais necessitam _ disse Bolsonaro.