Enquanto não for possível verificar se as mensagens são verdadeiras ou se foram adulteradas, os procuradores que pertenciam à força-tarefa da Lava-Jato não serão investigados pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A decisão foi tomada pelo procurador Orlando Rochadel Moreira, corregedor do órgão, na noite desta quinta-feira (27).
Segundo a decisão, a veracidade dos elementos de prova não pode ser comprovada, além de não ser possível verificar adulterações. Moreira também entende que não há elementos que justifiquem a abertura de reclamação disciplinar contra os procuradores "considerando a ausência de qualquer elemento que indique materialidade de ilícito disciplinar imputado".
Os diálogos entre procuradores da força-tarefa, como Deltan Dallagnol, e o ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça, foram divulgados pelo site The Intercept Brasil desde o dia 9 de junho. Os procuradores alegam que algumas mensagens podem ter sido adulteradas, assim como o ministro, embora não tenham negado o conteúdo delas.
Dallagnol também é alvo de outro processo administrativo que apura sua atuação política e partidariamente ao fazer campanha contra a eleição de Renan Calheiros (MDB-AL) e pelo voto aberto na disputa pela presidência do Senado.