A Comissão de Constituição e Justiça do Senado rejeitou, por 15 votos a 9, o relatório do senador Marcos do Val (Cidadania-ES) que era favorável à aprovação do decreto das armas.
Os senadores também aprovaram regime de urgência, para que o tema seja analisado em plenário com mais celeridade.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), houve acordo de líderes com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, para que o tema seja votado ainda nesta quarta-feira em plenário.
— Pelo levantamento de votos que temos, acredito que conseguiremos derrubar este decreto cruel — afirmou.
O decreto foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 7 de maio, em cerimônia no Palácio do Planalto, flexibilizando regras de posse e porte de armas para pessoas enquadradas como caçadores, atiradores desportivos e colecionadores, mas também a categorias como advogados (classificados como agentes públicos), políticos, jornalistas e caminhoneiros — grupos que teriam direito ao porte.
Desde que foi editado por Bolsonaro, o decreto passou a ser questionado em ações na Justiça e em discussões no Congresso.