O presidente Jair Bolsonaro desembarca nesta quinta-feira (6) em Buenos Aires, na Argentina, em visita de Estado ao país – que é o principal parceiro comercial do Brasil na América Latina. Além de se encontrar com o presidente Maurício Macri, Bolsonaro se reunirá com as principais autoridades locais.
Esta é a primeira visita do presidente brasileiro ao país vizinho e a segunda a um país sul-americano. Em março, Bolsonaro foi ao Chile, em um dos primeiros giros internacionais que fez depois que tomou posse.
A previsão é que a comitiva presidencial desembarque na capital argentina por volta das 10h (horário de Brasília), onde será recebida com honras militares.
O primeiro compromisso oficial de Bolsonaro no país é a deposição de flores na Praça de San Martín, onde deve ser respeitado um minuto de silêncio em memória dos mortos em combate nas lutas pela independência da Argentina. Em seguida, o presidente segue para a Casa Rosada, sede do Poder Executivo, onde terá, inicialmente, encontro privado com Macri.
Na sequência, as equipes ministeriais dos dois países fazem reunião ampliada. Bolsonaro será acompanhado por sete ministros: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Fernando Azevedo (Defesa), Tereza Cristina (Agricultura), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Também estão previstos na comitiva presidencial a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, além do senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e do deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Eleições argentinas
Em meio a um agravamento da crise econômica da Argentina, Bolsonaro e Macri deverão tratar também de assuntos políticos, como as eleições no país vizinho, marcadas para outubro.
O atual presidente argentino tentará sua reeleição e Bolsonaro não esconde a simpatia pelo colega. Em recentes declarações, o presidente brasileiro tem criticado a possibilidade de setores de esquerda voltarem ao poder no país – em referência à ex-presidente Cristina Kirchner, que governou antes de Macri e que já anunciou a candidatura a vice-presidente na chapa que será liderada pelo peronista Alberto Fernández.