Os subprocuradores-gerais Luiza Cristina Frischeisen e Mario Bonsaglia foram os dois primeiros a se candidatar, nesta segunda-feira (6), para a sucessão na Procuradoria-Geral da República (PGR). O mandato da procuradora-geral, Raquel Dodge, termina em setembro.
A eleição é organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPN) e desde 2003 vem sendo respeitada por todos os presidentes, apesar de não constar de lei. O objetivo da votação interna é a formação de uma lista tríplice que será levada ao presidente Jair Bolsonaro em 18 de junho.
Como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo, Bolsonaro tem sido orientado a indicar um subprocurador-geral da República, o último nível da carreira no Ministério Público Federal (MPF), para comandar o órgão.
Qualquer que seja o nome indicado, ele precisa passar por sabatina do Senado.
As inscrições de candidaturas vão até o próximo dia 15 membros da carreira apostam que haverá ao menos mais quatro nomes na disputa. Luiza e Bonsaglia são experientes na área criminal. Luiza é candidata pela primeira vez e anunciou que concorreria na última quinta (2). Bonsaglia já figurou entre os mais votados nas duas últimas listas (em 2015 e 2017).
Em conversas reservadas, o presidente não se comprometeu a escolher um dos indicados na lista tríplice. Bolsonaro não descarta, porém, levar a lista em consideração caso ela inclua um nome que o agrade. Por isso, ele definiu que irá aguardá-la antes de fazer sua escolha.
De acordo com auxiliares presidenciais, a defesa do nome de um subprocurador-geral é capitaneada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os quais argumentam que o assento ao lado do presidente de um tribunal superior só cabe aos que estão no topo da carreira.
Como as funções delegadas pelo procurador-geral como as de vice-procurador-geral, vice-procurador-geral eleitoral e corregedor-geral são exclusivas dos subprocuradores, para eles não faria sentido nomear alguém em posição anterior na carreira para ser o chefe da instituição.