O escritor Olavo de Carvalho voltou-se novamente contra os militares e rebateu críticas do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, em tuítes publicados na tarde desta terça-feira (26) - dia em que o Twitter brasileiro é palco de mais uma disputa de hashtags entre opositores e apoiadores do golpe de 1964.
"Meus dois livros (um com 23 aninhos de idade) continuam na lista de best-sellers da (editora) Record. Ficarão lá até o Santos Cruz desaparecer da memória nacional", afirmou o escritor, em uma série de postagens na rede social.
Ele afirmou ainda que, em 1964, as Forças Armadas "expulsaram os comunistas do poder e, depois, passaram vinte anos chamando-os de volta".
O escritor, que já demonstrou influência no governo, foi recentemente chamado de "desequilibrado" pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, que é general da reserva.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o general atribuiu ao suposto desequilíbrio de Olavo de Carvalho a postura pública do escritor, manifestada em "colocações na mídia, com linguajar chulo, com palavrões", segundo ele.
Santos Cruz respondeu a agressões anteriores de Olavo ao núcleo militar do governo, grupo que teria, segundo o escritor, uma "mentalidade golpista".
Olavo já havia dito também que o vice-presidente e general da reserva Hamilton Mourão seria "idiota" e "estúpido".
Nesta terça, Olavo também escreveu que "militares brasileiros de alta patente são mentalmente escravos da mídia que os achincalha" e se defendeu das críticas recebidas dizendo que "nenhum general disse uma palavra contra os inimigos de Bolsonaro, só contra os amigos dele", explicando então que se referia aos filhos do presidente e a si próprio.